


3 soluções que reproduzem o efeito do cimento queimado com vantagens
De argamassas especiais a porcelanatos e laje acabada, conheça produtos e técnicas que permitem obter a aparência despojada e contemporânea do revestimento cimentício

A solução adotada no projeto foi a laje acabada (Casa Geminada por CR2 Arquitetura / foto: Alessandro Guimarães)
Se o usuário não pode conviver com uma trinca, indicamos colocar juntas de dilatação formando quadrados grandes nas superfíciesMarcella Monfrinatti

Similar ao concreto queimado, o piso foi concebido através do sistema de concreto derramado na laje
(Casa em Samambaia por Rodrigo Simão Arquitetura / foto: André Nazareth)
REVESTIMENTO CIMENTÍCIO
PORCELANATOS FULL HD
Placas de 90 x 90 cm, de 120 x 120 cm ou ainda maiores são as mais recomendáveis para quem deseja o aspecto do cimento queimado, mas sem trincas, manchas e porosidadeMariane Carneiro da Cunha
LAJE ACABADA
Colaboração técnica
Mariane Carneiro da Cunha – Administradora de empresas com especialização em design de interiores. É sócia-fundadora da Ah!Sim, empresa de arquitetura focada em projetos de reformas
Nina Abadjieff – Formada em arquitetura e design de interiores, está à frente do escritório que leva o seu nome em Belo Horizonte (MG)
Marcella Monfrinatti – Graduada em arquitetura e urbanismo, é sócia do escritório Two Design


PROJETOS QUE PASSARAM POR REFORMA RÁPIDA (AH!SIM na Casa & Jardim)
Publicado em Casa & Jardim
Texto MARINA PASCHOAL
Bateu aquela vontade de renovar o décor? Tem gente que, só de pensar em todo o tempo, dinheiro e sujeira que uma reforma requer, desiste. As reformas rápidas podem ser a solução!

Trocar a cor de uma parede, reposicionar móveis e incluir novos acessórios pode ser o caminho para renovar a decoração sem gastar muito. Essa repaginação rápida, também conhecida como pocket decor, é a proposta de alguns escritórios de arquitetura e design de interiores. Além de não demandar muito tempo, o serviço (considerado uma reforma “seca”) não exige quebra-quebra. Para as profissionais Ana Viana e Bárbara Ávila, do escritório Buji, esse tipo de reconfiguração de espaço é perfeito para renovar a energia de um cômodo ou da casa inteira. “Nós focamos em pintura, pequenos reparos de elétrica, renovação de móveis e estofados, orientação do melhor tipo de cortina e tamanho ideal de mobiliário”, diz Ana.
Uma prática que é bem comum entre os escritórios e que faz com que a reforma fique mais em conta é o reaproveitamento. Peças e móveis antigos são remoçados e inseridos no décor de forma surpreendente. “Restauramos objetos e reaproveitamos itens existentes. Em geral, reformamos um móvel de família antigo, modificando sua cor e – em alguns casos – seu layout e função, tornando-o mais útil”, conta Marcio Gionco, diretor do escritório AH!SIM. Para as meninas do Buji, o reúso é a essência de seu trabalho. “Possibilita ao cliente um resgate de sua conexão com o morar e faz com que ele avalie melhor os gastos”, afirmam. Veja projetos que passaram por essa transformação e dicas de como iniciar a mudança do seu lar.


Mais luz natural!
A sala de estar de 24 m² já recebia luz natural em abundância, mas, como as paredes estavam pintadas de marrom, a iluminação acabava prejudicada. A solução encontrada pelo escritório AH!SIM, comandado pela designer de interiores Mariane Carneiro da Cunha e pelo empresário Marcio Gionco, foi tingir as paredes de branco e instalar uma cortina de gaze de linho. Em apenas 30 dias, a empresa também recuperou as paredes, os pisos e as guarnições originais do prédio construído em 1940, que estavam desgastados pela falta de manutenção. “O escritório busca empoderar o cliente para que ele possa fazer suas próprias escolhas. Tudo começa com uma conversa em que o morador expõe suas ideias e o valor que pretende investir. As demais etapas contam com bastante diálogo e até imagens 3D, que permitem visualizar melhor as mudanças no ambiente”, explica Marcio. A sala ganhou ainda um tapete de palha de carnaúba, móveis da Fernando Jaeger Atelier e vasos da ceramista Paula Almeida. O valor cobrado para acompanhar a execução de projeto costuma ser de, em média, 15% do valor total.


Circulação em alta
O reposicionamento dos móveis sugerido pelo escritório Mestisso fez toda a diferença neste living de 40 m², agora muito mais integrado. Além de reposicionar o sofá amarelo e as cadeiras, as sócias Andrea Lucchesi, Carolina Razuk e Merê Esteves também desenharam alguns itens de marcenaria sob medida e introduziram peças de decoração, como o tapete e as luminárias de piso. O trio – que se conheceu na faculdade e seguiu carreiras distintas antes de fundar o escritório – faz inicialmente uma reunião com o cliente para entender suas necessidades. Depois disso, elabora um layout com suas sugestões de mudança e um orçamento do projeto. O valor varia de acordo com o tempo estimado da reforma e o metro quadrado trabalhado. Uma área de 50 m² com dois meses de desenvolvimento de projeto custa a partir de R$ 140 o m².
Dicas
• Antes de qualquer coisa, pense no seu orçamento e defina quanto você está disposto a investir na reforma.
• Não saia comprando itens de decoração e móveis sem antes avaliar aquilo que você já tem em casa. Às vezes, uma simples mudança de cômodo pode ser a solução.
• Inspire-se! Pesquise fotos na internet e crie suas próprias referências.
• Defina um prazo final para a reforma do ambiente.
• Comece pelas mudanças estruturais: paredes, reparos elétricos, iluminação e pisos. De nada adianta um móvel incrível se a pintura ou iluminação do cômodo é ruim, não é mesmo?

Quanto custa um projeto de arquitetura? Eu preciso de um?
Essa é uma dúvida muito comum para quem precisa modificar ou atualizar seus ambientes. Se eu escolher um arquiteto (depois de checar se o portfolio dele me agrada) eu devo ter um resultado melhor, certo? Ele vai me dar idéias que eu não teria de outra forma. Mas quanto vou ter que investir nisso? Os preços de projeto podem ser muito diferentes, se eu comparar vários arquitetos. E depois, para executar, vou precisar dele? Como faço para saber se estou pagando demais?
O que contém um projeto?
De forma geral, o bom projeto deve refletir o uso que você vai fazer do espaço, procurando otimizar duas coisas: a estética e a funcionalidade. As duas tem que respeitar uma terceira variável, que é seu orçamento. De nada adianta um projeto maravilhoso se você descobrir que não pode implementá-lo por conta dos valores. Finalmente, o tempo de implementação é importante, porque você pode ter datas obrigatórias ou desejáveis para que ele fique pronto.
Arte e técnica
Levando em conta tudo isso, o projeto vai ter dois aspectos principais: um deles é estético, para ver se o resultado te agrada. Para isso utilizam-se representações dos ambientes prontos, com desenhos, croquis e imagens 3-D que podem ser bastante realistas. Podemos dizer que essa dimensão do projeto é artística.
O projeto também tem que ter as informações técnicas precisas para executar tudo o que está nele, em diferentes plantas: lay-out, demolir e construir, elétrica, hidráulica, paginação de revestimentos, luminotécnica, marcenaria, ar-condicionado, entre outros.

exemplo de 3-D – escritório AH!SIM
Quanto custa?
De forma geral, no mercado de São Paulo, os valores variam de R$60,00 a R$ 200,00 por m2 de área projetada na maioria dos casos. O preço depende de vários fatores: se o arquiteto é conhecido (o céu é o limite!), o tamanho do imóvel (imóveis pequenos podem demandar quase o mesmo trabalho de outros muito maiores), o formato de trabalho (que influi no tempo que o arquiteto vai empregar para entender as suas necessidades e fazer um projeto personalizado). Desconfie dos valores muito baixos, veja se a entrega tem tudo o que você necessita e se há algum tipo de obrigação posterior (veja abaixo!).
Eu preciso de um?
Se você vai fazer modificações em um ambiente amplo ou em vários deles, o projeto é um bom investimento. Ele pode representar até 10% do investimento total (normalmente fica abaixo disso), mas faz bastante diferença no resultado final. Além de ficar mais bonito e confortável do ponto de vista estético (combinando cores e texturas nos acabamentos, escolhendo elementos agradáveis e valorizando com iluminação), você não vai notar problemas depois, como falta de pontos de tomada ou mau posicionamento do ar-condicionado, por exemplo. Você vai passar muito tempo nesses ambientes, então vale a pena!
Como faço para escolher?
Para uma boa escolha, alguns pontos são fundamentais:
- Experiência. Conheça o profissional, sua trajetória e os tipos de trabalho que ele tem feito. Cheque a sua reputação nas redes sociais e peça referências!
- Empatia. É importante que você se sinta bem e à vontade com ele, para sempre dizer o que está pensando e para dar suas opiniões.
- Transparência. O projeto envolve trabalho e tem um valor. Desconfie de preços muito baixos ou que te ‘amarram’ na execução, fazendo com que você tenha que escolher os fornecedores ou os móveis com ele, por exemplo.
- Planejamento. Você tem que saber o quanto vai investir no total para manter o processo sob controle. O arquiteto tem condições de te informar isso e de te ajudar a planejar? Peça informações precisas e por escrito, e veja se ele te passa segurança nelas.
- Execução. Feito o projeto, veja se o arquiteto tem condições de te ajudar na execução, mas dando transparência e liberdade de escolha. Bons profissionais são fundamentais (a obra civil gira de 20% a 30% do investimento total), mas você tem que poder comparar preços e negociar para chegar a um valor justo.
Obrigado
Esperamos que você tenha gostado das informações. Conheça mais sobre a AH!SIM em Como Funciona, visite nosso Portfolio e tire dúvidas através do nosso Contato.
Boa sorte!

